Duas das maiores corporações mundiais de tecnologia (IBM e Amazon) estão investindo pesado na utilização de sistemas blokchain que permitam o plug and play para as empresas – ou seja – facilitar a implementação de uma das tecnologias mais disruptivas para o mercado que ainda possui pouco conhecimento sobre a área.
A origem da tecnologia
Blockchain é um termo que tem se tornado cada vez mais popular. Tudo começou em 2008 quando uma pessoa anônima autodenominado Satoshi Nakamoto lançou um paper intitulado “Bitcoin, um meio de pagamento peer-to-peer”. Na essência, Satoshi estava trazendo um novo conceito para a indústria ao mesmo tempo em que tentava impulsionar seus conceitos libertários.
O próprio Satoshi não utilizou nenhuma vez o termo blockchain na invenção do Bitcoin. Foram os programadores que, ao compreenderem como o sistema funciona, resolveram dar alguns nomes específicos para partes independentes do sistema. Dentro da rede Bitcoin, existem os nodes, os mineradores, as wallets, as cadeias de blocos, merkle trees, e muitos outros segmentos que se comunicam entre si para garantir o funcionamento da rede como um todo.
Especificamente falando sobre a cadeia de blocos, uma das grandes genialidades de Satoshi foi vincular um grupo de transações a outro grupo prévio por meio de hashes que identificassem e validassem as transações anteriores, formando uma cadeia de blocos. Por isso o nome “blockchain”.
Posteriormente, desenvolvedores de instituições privadas perceberam que era possível criar diversos sistemas semelhantes usando essa tecnologia para tornar processos mais eficientes e seguros. Desde então, o termo blockchain passou a se desvincular um pouco do termo Bitcoin.
Quem investe nessa inovação?
Atualmente, existem dois tipos de indivíduos e empresas que investem nessa inovação:
- Aqueles que compram diretamente Bitcoin ou criptomoedas (que trabalhem com o conceito de DLT – Distributed Ledger Technology). Para tal, o primeiro passo é comprar Bitcoin para depois armazenar em uma wallet ou trocar por outra criptomoeda.
- Aqueles que compram ações ou participações em empresas privadas que desenvolvem a tecnologia blockchain, ou ainda constroem/desenvolvem algo por conta própria.
Como o Brasil está se posicionando?
Até o momento, o sistema regulatório brasileiro tem caminhado lentamente em termos de adoção dessa nova tecnologia. Existem algumas associações independentes que procuram promover a introdução da tecnologia no país, como a ABCB (Associação Brasileira de Criptomoedas e Blockchain) e a Abcripto.
Algumas empresas como a Petrobras e o Bradesco estão investindo em estudos para implementar a tecnologia nas suas cadeias de negócios, conforme noticiado pelo Globo. Além desses, outras empresas como o Santander já estão trabalhando com ferramentas de aplicações alternativas como a Ripple.
Eduardo Bolsonaro, deputado federal mais votado da história do Brasil e filho do presidente Jair Bolsonaro já se posicionou a favor do Bitcoin em um vídeo postado no Facebook. Isso significa que é possível que o novo governo abra mais o mercado e libere a economia para a adoção de tais tecnologias promissoras, além do Nióbio e Grafeno (já defendidas anteriormente por Jair Bolsonaro).
Paulo Guedes terá que ter uma visão favorável também sobre o tema, especulação que parece provável dado sua formação liberal proveniente da escola de Chicago.
De qualquer forma, seja utilizando aplicações plug and play prontas de empresas estrangeiras, seja desenvolvendo a própria tecnologia em solo nacional, o fato é que o blockchain veio para ficar e aqueles que introduzirem primeiro suas vantagens nos seus modelos de negócio levarão vantagem sobre seus concorrentes.